sábado, 14 de março de 2015

“SANTA CEIA; UM MEMORIAL CELEBRAL”.


Porque, todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor até que venha. I Coríntios 11.26.

     O Apóstolo São Paulo, recebeu do Senhor Jesus, a instrução memorável da celebração da Ceia, cuja cerimônia que Cristo instituiu na noite em que foi traído, logo depois da refeição da páscoa, para servir de lembranças da sua morte, e simultaneamente, repassou aos irmãos da igreja aos coríntios, o que recebera do próprio Senhor, dizendo que o cristianismo somente obtém vitórias, se tiver em comunhão com aquele que deu a vida por nós na cruz do calvário. Nessa cerimônia, se destaca dois símbolos importantes, que é o pão, e o vinho, o pão, simbolizando a carne do Senhor, e o vinho o sangue, são dois elementos básicos para a vida cotidiana de qualquer ser humano. É a única cerimônia de morte, que traz alegrias e felicidades pela morte de alguém, (Jesus Cristo), pois quando vamos a um funeral, o momento é de comoção, lágrimas, dores pela perca de nosso ante-querido, porém com a morte do Senhor, acontece ao contrário, visto que por sua morte, ele venceu a própria morte, e o inferno, e é essa a nossa alegria e comemoração, pelo triunfo vitorioso, para nós, foi a maior conquista e vitória espiritual já acontecida, entre o céu e a terra (no calvário), Paulo relata, que antes da nossa redenção, e justificação pela fé em Cristo Jesus, estávamos todos destituídos da glória de Deus, por conseqüência de nossos pecados, conforme Romanos 3.23-24. Antes da morte do Senhor Jesus, satanás tinha o domínio da morte e do inferno, e na cruz Jesus tirou de suas mãos, e quando estava no sepulcro, desceu as partes mais baixa da terra, e pregou aos espíritos em prisão, como descreve o Apóstolo São Pedro: No qual também foi e pregou aos espíritos em prisão. I Pedro 3,19, isto é, ele desceu ao Hades, e se apresentou aos que lá estavam, mostrando que satã não obteve êxito por sua morte, pelo contrário, tomou dele as chaves da morte e do inferno, como o próprio Jesus relata a João na ilha de Patmos: Não temas; eu sou o Primeiro e o Último, e o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo sempre. Amém! E tenho as chaves da morte e do inferno. Apocalipse 1.17-18.

     Então, a morte do Senhor nos trouxe a vitória total, tendo o domínio de tudo, sobre o inimigo, e inclusive da própria morte conforme Paulo declara nos confortando para esperarmos a vinda de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, visto que o nosso ser, que hoje está sujeito a corruptibilidade, e temperes da vida, um dia se revestirá da incorruptibilidade, e assim diz o texto: E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, então, cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória! Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Ora o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo. I Coríntios 15.54-57. Graças a Deus, que temos este privilégio de participarmos desse tão abençoado cerimonial, que é a Santa Ceia. Porque Santa Ceia? Santa porque os dois elementos pão e vinho, depois de orado e abençoado, espiritualmente pela fé, deixa de ser um simbolismo, e passa a ser o corpo e o sangue do Senhor Jesus Cristo, como ele próprio disse: Na verdade, na verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último Dia. Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim. João 6.53-57. Ceia, porque é um regozijo de um banquete espiritual cercando a mesa do Senhor, e é um memorial, porque traz a nós a memória do fato real, que Jesus passou por nós na cruz do calvário, e a esperança de sua vinda, como Paulo disse: Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice, anunciais a morte do Senhor, até que venha. I Coríntios 11,26. Sabendo que todas as vezes que iremos participar do corpo e do sangue do Senhor, devemos fazer um auto exame de consciência da nossa vida cotidiana, conforme a recomendação do Apóstolo: Examine-se, pois, o homem a si mesmo, e assim coma deste pão, e beba deste cálice. Porque o que come e bebe indignamente como e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do Senhor, por causa disto há entre vós muitos fracos e doentes, e muitos que dormem. Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seriamos julgados. Mas quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo I Coríntios 11.28-32. Vemos que o ato é sagrado, e por isso temos que estar em comunhão com Deus, e com nossos irmãos, ligados na Videira Verdadeira (João 15,5). Nunca se deve perder uma Ceia, há não ser por motivo muito justo, um erro grave que sempre ocorre, é o crente se auto disciplinar, isto é, deixar de tomar a Ceia por motivos que poderiam ser resolvidos, como exemplo: Discussões, e discórdias entre os casais, acertem-se entre ambos, e tomem a Ceia em Nome do Senhor, iras ou mágoas entre irmãos, deve-se acertar perdoando-nos uns aos outros como Jesus ensinou, em Marcos 11.25-26, e depois pode participar da Ceia, também uma palavra torpes que as vezes proferiu conforme Efésios 4,29, se isso aconteceu, a solução é pedir perdão a Deus, e pedir que o Senhor purifique seus lábios, para não mais acontecer, e não deixe de participar da Ceia, outro fator, é que as vezes chegam visitas em casa, no dia da Ceia, chame as visitas para irem a igreja, e conte que não pode perder o cerimonial divino, pois tudo que o nosso inimigo quer, é que perdemos uma Ceia, depois ele vai trabalhar para perdermos a outra, e mais e mais, até desviarmos, no caso de passarmos por adversidades, como: Aflições, perseguições, ou provações, não são motivos de deixar de participar da Santa Ceia, já nos casos de doenças, deve-se ser avisado na igreja, para que o pastor designe os diáconos para levarem a Ceia aos doentes em suas casas, porém quando o pecado for de dimensão mais grave, de cunho punitivo, deve-se imediatamente confessar ao obreiro local, ou a um dos membro do corpo eclesiástico da igreja, porque imediatamente? Porque quando pecamos, e em seguida reconhecemos o nosso erro, o preço que iremos pagar não é tão caro, e quanto mais tempo passar, o preço vai ser maior, mesmo que o Senhor nos perdoará no momento da confissão, porém não isentará de colhermos o que plantamos, vejamos o que nos diz o escritor de Provérbios, que foi o grande sábio Salomão: O que encobre as suas transgressões nunca prosperará; mas o que as confessa e deixa alcançará misericórdia. Provérbios 28.13.

     É triste ver crentes no dia da Ceia, não participarem da mesma, ou ainda deixar de ir a igreja, para não tomar a Ceia, o pastor da igreja observa todos os membros, e quando vê os mesmos não participarem deste ato tão glorioso, sente-se no seu coração, e sofre, com certeza até mesmo mais do que o próprio crente, e a única maneira, é perguntar ao Senhor Deus, o que está acontecendo com o nosso irmão, ou irmã, visto que ele ou ela não quis falar nada a respeito, e verdadeiramente, o Senhor informará, pois ele tudo sabe, e tudo vê, veja algo interessante; se ninguém escapa dos olhos do pastor, imagine dos olhos de Deus, eu tenho um conselho da parte de Deus; se aconteceu algo errado, e ficou em dúvidas, chame seu pastor, e conte a ele antes da cerimônia da Ceia, pois o homem de Deus acertadamente irá indicar como fazer o melhor, não se deve tomar nenhuma decisão precipitada, ou ficar em dúvidas, não é vergonhoso de maneira nenhuma, pelo contrário, é muito prazeroso e glorioso, pois o pastor está pronto para cuidar do rebanho que o Senhor lhe entregou em suas mãos. Lembre-se, que a nossa boa vida espiritual, depende da nossa servidão a Deus, e alimentarmos do Corpo e Sangue do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, ele é o nosso verdadeiro pão que desceu do céu, para saciar a nossa fome, como ele mesmo disse: Eu sou o pão da vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este é o pão que desce do céu, para que o que dele comer não morra. Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém comer desse pão, viverá para sempre; e o pão que eu der é a minha carne, que eu darei pela vida do mundo. João 6,48-51. Se esse cerimonial é tão glorioso para nós aqui na terra, imagine o quão será, na sua continuação, após a vinda do Senhor Jesus Cristo, que iremos participarmos no céu. E então, graças a Deus, podemos cantar o estribilho do hino 291 da harpa cristã, que diz: Sim, eu amo a mensagem da cruz Té morrer eu a vou proclamar; levarei eu também minha cruz Té por uma coroa trocar. Amém. 

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