terça-feira, 28 de março de 2017

“A DOUTRINA DO AMOR”. II

 Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. I João 4,8.

      Segundo discernimento da palavra amor, pelo dicionário bíblico A.R.C.(Almeida Revista Corrigida), refere-se a sentimento de apreciação por alguém, acompanhado do desejo de lhe fazer o bem (I Samuel 20,17), é exatamente o que expressa o amor de Deus, Jesus deu a sua vida por nós na cruz, para nos fazermos felizes. No relacionamento Conjugal, o amor envolve atração sexual e sentimento de posse (Cantares 8,6). O amor divino está no Pai, I João 4,8, Deus é amor. O Filho é a maior expressão e prova do amor de Deus pela humanidade (João 3,16). O Espírito Santo derrama o amor no coração dos salvos (Romanos 5,5). O amor é a mais elevada qualidade cristã (I Coríntios 13,13), devendo nortear todas as relações da vida com o próximo e com Deus. Sendo assim, podemos afirmar que a doutrina do amor é eterna, quanto o próprio Deus, porque Deus é amor, e conseqüentemente afirmamos que; sem amor não existe salvação, não existe perdão, visto que o amor é tudo, conforme o apóstolo Pedro afirma dizendo: Tendo antes de tudo ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados. I Pedro 4,8. Existe o amor natural, que é aquele que alguém norteia para outro rumo, e ama enquanto lhe convém, ou obtém vantagens, e depois dá o desprezo, que resulta num amor passageiro, como Deus disse a Efraim filho de José, e Judá irmão de José ambos os filhos de Jacó, por intermédio do profeta Oséias: Que te farei, ó Efraim? Que te farei, ó Judá? Porque o vosso amor é como a nuvem da manhã, e como o orvalho em que cedo passa. Oséias 6,4. Quanto ao amor divino, que é o amor ágape, excede todo o nosso entendimento, e ele mesmo nos provou a essência do seu amor, em que o Apóstolo Paulo descreve dizendo: Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores. Romanos 5,8. Este é o amor sem explicação plena, vou citar um exemplo: Uma pessoa estupra sua mãe, tira-lhe a vida, e Jesus ainda diz para ele: Ei! Eu morri por ti na cruz provando o meu amor para contigo, e continuarei te amando, é claro que Jesus não compactua com sua ação, o mesmo sofrerá detrimentos por sua decisão, porém o amor de Deus não muda para com ele. Quero aqui, deixar o meu conselho aos pais que tem filho, ou filhos na dependência química das drogas ilícitas, nunca desprezem entregando de bandeja para o mundo, se na sua vida tens o amor de Deus, ame-o, como se fosse o melhor filho do mundo, nunca digam que é maldição, visto que Deus não lhe deu nenhuma maldição, conforme o Salmista afirma: Eis que os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão. Salmos 127:3, Deus lhes deu bênçãos, se por conseqüência de alguma adversidade, entrou pelo caminho errado, derramem suas lágrimas aos pés do Senhor, com confiança e fé, que um dia o amor Ágape encherá os corações dos mesmos, e o nome do Senhor será glorificado. Existe ainda o amor que não provém de Deus, e sim diabólico, que é o falso amor, por exemplo; alguém casado, amar outra pessoa fora do casamento, ou ainda pessoas do mesmo sexo se amarem, e até contraírem matrimônios, e justificam que ninguém manda no coração, acontece o seguinte: Deus nos deu a vida, e, portanto fazemos dela o que quisermos, como livre arbítrio que temos, porém Ele nos pede de volta, essa mesma vida,  para assumir o controle dela, que só assim seremos felizes, como está registrado em Provérbios; Dá-me filho meu o teu coração, e os teu olhos observem os meus caminhos. Provérbios 23,26, quando atendemos ao pedido de Deus, não têm espaço para o diabo, porque aí, o nosso coração estará cheio do amor de Deus. Também assistimos pessoas dizendo que matou seu parceiro, ou parceira por amor.

       O problema, é que tudo nesse mundo, existe o verdadeiro, e aparece alguém para copiar e fazer o falso, no cotidiano da vida espiritual, também não é diferente, por exemplo; na Bíblia sagrada, na carta aos Coríntios, o Apóstolo Paulo explica sobre a distribuição dos Dons Espirituais, que emana do amor de Deus, como presente, ou dádiva, a sua igreja, que são o povo que servem a Deus, registrado em 1º Coríntios 12: 4-31, temos o Dom de Profecias, e satã se infiltra nas igrejas com a profecia falsa, e são muitos os que caem nesse laço, e sucessivamente, também os demais dons, que também o inimigo procura falsificar. Com o amor também não é diferente, procura fazer inovações para o povo caírem. Na nossa Constituição Federal, o que diz respeito à família, nos termos do artigo 235 do Código Penal; pessoas casadas são impedidas de casar, com fulcro no artigo 1.521, VI, do Código Civil; e a bigamia torna imperativa a anulação do casamento, como preconiza o artigo 1.548, II, do Código Civil. Trocando em miúdos como diz o ditado, é proibido a poligamia no casamento, como fruto da bigamia, que é um homem casar-se com mais de uma mulher, ou vice-versa. Foi vedado, porque muitos espertinhos casavam-se aqui no Brasil com uma mulher, depois iam a outros países, como Paraguai, e lá contraiam novamente outro matrimonio, no entanto, o diabo não brinca em serviço, e trabalhando ardilosamente, criou-se agora o poliamor, que na realidade, traz o mesmo significado, e o Judiciário já tem autorizado os cartórios civis a oficializarem essa modalidade de casamento, ou seja, um homem com duas mulheres, ou vice versa, recentemente no Rio de Janeiro, um funcionário público, de 33 anos, por nome de Leandro Sampaio, autorizado pela justiça, oficializou o matrimonio “Trisal”, com a jovem Thais Souza, e também com a jovem Yasmim Nepomuceno, ambas de 21 anos de idade, no 15º Cartório de Ofícios e Notas, do Rio de Janeiro.  Porém nós cristãos, ficamos com a palavra de Deus, que é imutável, como por exemplo; em Ezequiel 18:20 diz: A alma que pecar, essa morrerá, não tem inovações nem renovações, e nem atalho, morrerá mesmo eternamente, para que isso não aconteça, só tem um remédio, é nascer de novo, renunciar ao pecado, para não ir para o inferno, que é a morte eterna. Outro exemplo; Jesus disse em Mateus 6:14-15, que é o perdão entre nós, como fruto do amor, esse porém, tem restrições, que é o condicionamento, já o amor divino é incondicional, se nós não perdoarmos nosso semelhante, também Deus não perdoará os nossos pecados, e ponto final.  Na teoria, é lindo ouvir alguém falar de amor, é a coisa mais fácil e maravilhosa, só que, na prática, não é tão fácil, porém não é impossível, no Evangelho de São Lucas, após certo doutor da lei, interrogar a Jesus quem seria o seu próximo, querendo-o justificar-se a si mesmo, Jesus lhe responde contando uma parábola, a do bom samaritano, que assim diz: Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos dos salteadores, os quais o despojaram e, espancando-o, se retiraram, deixando-o meio morto. E, casualmente, descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo. E, de igual modo, também um levita, chegando àquele lugar e vendo-o, passou de largo. Mas um samaritano que ia de viagem chegou ao pé dele e, vendo-o, moveu-se de íntima compaixão.
 
    Agora analisemos o seguinte; o sacerdote era homem que representava a religião, e era o intermediário entre Deus e os homens, e quantas vezes o mesmo ministrou sobre o amor, porém vendo o homem caído, espancado no chão, passou de largo, de igual modo, o levita, que representava a lei, também ajudava o sacerdote nos seus ofícios, e na prática, nada de amor, no entanto, o samaritano, representando a classe gentílica, que não se comunicava com os judeus, conforme João 4:9, foi quem o socorreu, demonstrando o verdadeiro amor pelo seu semelhante, e tratou do homem curando-o. O apóstolo Paulo nos ensina  dizendo: O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria não se ensoberbece não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta, o amor jamais acaba. I Coríntios 13.4-7,8ª. E, o apóstolo João completa dizendo: Todo aquele que odeia a seu irmão é homicida; e vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanecendo nele. I João 3,15, então aprendemos, que é melhor amar do que odiar. Continuando o Apóstolo ainda afirma dizendo: Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, não pode amar a Deus, a quem não viu. I João 4,20. Aqui vai o meu conselho; nunca abra a sua boca para dizer, eu odeio fulano ou sicrano, porque quando abrir a mesma para dizer eu amo a Deus, serás repreendido pelo Senhor, e chamado de mentiroso, porque quem ama a Deus, não odeia ninguém. Assistimos nos nossos Cultos, muitos obreiros que não podem assentar próximos uns dos outros nos púlpitos das igrejas, por conseqüências de mágoas concentradas nos seus corações, e o incrível de tudo isso, continuam á pregarem a prática do amor, acham que o Salmos 133, é somente para as ovelhas, se esquecendo que também eles são ovelhas, ou deverão ser.

     O evangelista João com muita precisão também descreve sobre a prova do amor de Deus, dita pelo próprio Filho de Deus: Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3,16. A palavra mundo expressada no versículo, refere-se a toda humanidade, sem distinção de pessoas, sexo, cor, raça, tribo ou nação, incluindo eu e você. Quanto ao nosso amor para com Deus, jamais devemos amá-lo com parcialidade, o nosso amor para com ele, deve-se ocupar todo espaço de nosso ser, sem deixar nenhum espaço vazio, “corpo alma e espírito” quando isso acontece conosco, não haverá lugar para o erro, e nem para o pecado, e simultaneamente, também amaremos o próximo como a nós mesmos, e assim, não quebraremos a fidelidade com o nosso cônjuge, de igual modo, não lançamos a mão ao alheio. Jesus certa ocasião, fez referencias a lei, que dava direito a amar o próximo, e odiar o inimigo, pois era olho por olho e dente por dente, conforme Êxodo 21.22-27, então Jesus falou sobre o novo mandamento que trouxe, através do amor divino, e disse: Ouvistes que foi dito: amarás ao teu próximo, e odiarás ao teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai que está nos céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons, e faz chover sobre justos e injustos. Pois, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem os gentios também o mesmo? Sede vós, pois, perfeitos, como é perfeito o vosso Pai celestial. Mateus 5:44-48.      Encontramos também o relato do evangelista Lucas sobre o sermão do Senhor Jesus, a respeito do amor, que disse: Mas a vós, que ouvis, digo: Amai a vossos inimigos, fazei bem aos que vos aborrecem, bendizei os que vos maldizem e orai pelos que vos caluniam. Ao que te ferir numa face, oferece-lhe também a outra; e ao que te houver tirado a capa, nem a túnica recuses. E dá a qualquer que te pedir; e ao que tomar o que é teu, não lho tornes a pedir. E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira fazei-lhes vós também. E, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam. E, se fizerdes bem aos que vos fazem bem, que recompensa tereis? Também os pecadores fazem o mesmo. Lucas 6.27-33.


      Esse é o exemplo do grande amor de Deus, e, se fizermos o contrário, não somos filhos dele, pois assim como amamos nosso maior amigo, também devemos amar com o mesmo amor, uma prostituta, o alcoólatra, e até mesmo os pedófilos e assassinos, Deus não me ama mais que esse povo, convém dizermos, que ele não ama o pecado, mas sim o pecador, quando Jesus morreu na cruz, o seu sangue foi derramado para remissão de toda classe de pecadores, a qual eu, você e o resto do mundo estavam inclusos. João o apóstolo do amor nos diz: Nisto está o amor: Não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus assim nos amou, nós também devemos amar uns aos outros. Ninguém jamais viu a Deus; e nos amamos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é em nós aperfeiçoado. I João 4.10-12. O perdão também é um dos mais brilhantes conceitos bíblicos ligado ao amor divino, que está condicionado ao perdão de Deus, como Jesus disse: Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens, tampouco vosso Pai perdoará as vossas ofensas. Mateus 6.14-15. O nosso perdão precisa ser de todo coração, isto é, com todo amor, e sem nenhuma cobrança, restrição, ou estabelecer alguma condição para o mesmo, não podendo ficar nenhum resíduo de mágoa, ou sentimento, é preciso apagar tudo, uma limpeza total, pois com ajuda do Espírito Santo, e o Sangue de Jesus, que nos purifica de todo pecado, conforme I João 1,7,  somente assim, para que não venha brotar, e recomeçando tudo novamente, o escritor aos Hebreus nos alerta dizendo: Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem. Hebreus 12,15.   Nisto aprendemos, que o amor precisa fazer presente em nosso ser, e em todos os momentos de nossas vidas, tendo Deus no controle, porque o amor é tudo, o amor é vida, e sem cobranças, deve ser recíproco, pois é melhor perdoar do que condenar. Queremos dizer que; mágoas e ódios nos corações tem sido a causa de muitos irem para o inferno. Estudos aprofundados revelam que a pessoa que tem mágoas ou ódio no coração, tem grandes chances de contrair câncer maligno, ou ainda ser acometido de infarto do miocárdio, então, é melhor ocupar o coração com amor, para livrar-se desses males.

    Deus nos deu um coração, que é a fonte da vida, e cujo intuito e desejo do Senhor, foi para amarmos, tanto a nós, como as demais pessoas, querem sejam amigas ou inimigas, não importa. Certa ocasião, um dos escribas interrogou ao Senhor Jesus, para ver sua atitude e perguntou-lhe: Qual é o primeiro de todos os mandamentos? E Jesus  respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor. Amarás, pois, ao Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças; este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes. Marcos 12.28-31. O Apóstolo Paulo, fala com precisão sobre três coisas importantes, que jamais serviremos a Deus sem uma delas, que é o amor, a esperança e a fé, porém, a esperança e a fé um dia serão extintas, Hebreus 12,2, e o amor continuará eternamente. I Coríntios 13,13. Buscando o exemplo da igreja primitiva, aprendemos algo importante, que realmente está no coração de Deus, como relata o escritor de Atos dos Apóstolos dizendo: De sorte que foram batizados os que receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas; e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitos prodígios e sinais eram feitos pelos apóstolos. Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. Atos 2.41-44, um belo exemplo para os cristãos. Os problemas cotidianos desta vida fazem com que nos esqueçamos dos nossos semelhantes, e vivemos isoladamente dentro do nosso eu, cada um para si, não sobrando espaços para estendermos as mãos aos necessitados, aos órfãos, as viúvas, e nem a obra de Deus, e num estado discriminatório, passamos de largo, sem enxergarmos um palmo a nossa frente, isto nas duas fases de nossas vidas, de um lado, se a situação financeira nos aperta, damos justificativas, as quais não são aceitas por Deus, doutra forma, quando somos alcançados pela prosperidade, amamos mais os bens financeiros, pois muitos não pensam nas suas próprias vidas, que é passageira, e os bens materiais se acabam, e desta vida nada levamos para a outra vida, que é eterna, sem sombras de dúvidas, Jesus nos alerta dizendo: Porque onde estiver o vosso tesouro, ali estará também o vosso coração. Lucas 12,34. Amém.